Ode Sobre Rodas

Lá vão eles... entusiasmo de mocidade!

Lá vem eles... num roncar de motores,

desfrutando da tão sonhada liberdade.

Deixando prá trás suas dores, talvez, amores...

Cavalos turbinados, Pégasus do asfalto.

Dois ou quatro tempos regem o trotar da buzina.

Afina-se uníssono elétrico, fios-sirenes tocam alto.

Cercas-montanhas, viver sem celas, almejada sina!

Ossos sem pele ou coração: Caveira.

Todos iguais, não-conterrâneos da mesma Nação!

Segurando o mesmo estandarte: Amor, nossa bandeira!

Coletividade unida, tribo-irmão de grande coração!

Músicas altas, festa, total alegria!

Abraços amigos, recepções calorosas,

muitos cantos entoam sem igual sinergia.

Chegam em tapetes de rodas, de infinitas rosas!

Correntes puxam rodas em sentido horário,

Tempos diferentes, eternidade temporária!

Levam eles, amarras-soltas conduzem cada cenário.

Eletiva vida de unidade comunitária!

Parte do corpo, da alma, motocicleta!

Exemplo em cada bóton de amor-família.

Membro adicionado de forma singela, discreta,

liga-se ao peito do respeito noite e dia!

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Dedicação ao meu pai, motociclista de sangue, e aos meus irmãos-de-motocicleta.

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Ode: louvor, exaltação.

Pégasus: cavalo com asas (mitologia).

Estandarte: bandeira.

Sinergia: algo a mais. É como se se pudesse somar 2 + 2 e o resultado ser 5.

Eletivo: que se pode escolher.