O menino de Porteirinha
De repente aquela terra de ninguém
Beira uma estrada de povos errantes
Uma parada para pousada de viajantes
E a terra à disposição de qualquer alguém.
Tropeiros de passagem fixaram aquém
Escravocatas poderosos tornaram senhores
Lavouras com escravizados nas propriedades
Homens ambiciosos à cata ao ouro aparecem.
Terras férteis sem quaisquer escrituras
Chamavam de aglomerado São Joaquim
Baianos e nordestinos retirantes das águas.
A viola, a gaita e a sanfona para o musiquim
Cantavam e tocavam todas dores das mortalhas
Rios esconderam saudades nas cachoeiras sem fim.