CORDEL

ANTONOMÁSIA SANJOANENSE III

Farmacêutico abençoado

gigante de coração.

Por ele Já fui curado

de uma séria infecção.

Quero ver o nome honrado

de Salvador Militão!

Cai a tarde e o sino chama

para o Terço e a Ladainha.

Pra rezar lá vai a Dama

entoar Salve Rainha!

Oh! como a saudade clama

pela Dona Mariquinha!

Levaremos na memória

(Para quem o conheceu)

uma linda trajetória

pelo exemplo que nos deu.

Ficará em nossa história

o nobre Lulu Rumeu!

Em louvor à Mãe Clemente

em suas mãos o Rosário.

Vai rezando piamente

este ser tão solidário.

Hoje veio à minha mente

Dona Lica de Cezário!

Não faltava o alimento

nem de noite e nem de dia.

Sempre tinha o provimento

pra manter a moradia.

Muitos buscavam sustento

na Venda de Zé Luzia!

E lá no Caeté-mirim

morava a mulher de fé.

Heroína para mim

mantinha os filhos de pé.

Era a flor do alecrim

a bondosa Salumé!

Até hoje acho graça

dessa aventura minha.

Eu ficava na manguaça

quando nove anos tinha

engarrafando cachaça

na Venda de João Virinha!

Lembrei-me de um velocista

que era um corisco de fato.

A estrada era sua pista

ou na rua ou lá no mato.

Na corrida era um artista

o veloz Geraldo a Jato!

Já não faz mais arruaça

está quietinho num banco

quem entrava na cachaça

mas continuava franco.

Veja como a vida passa

meu amigo Bico Branco!

JUCA VIEIRA

IMPERATRIZ MA

16/04/2022

Juca Vieira
Enviado por Juca Vieira em 25/07/2023
Reeditado em 26/07/2023
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