É MUITA SORTE!

Era dia de sol na minha aldeia

Brilhava aquele calor acarinhante,

Chegou, e chegou bem de repente

Uma figura que, pra mim, virou gigante.

Era Gente, de letra grande, maiúscula

Que honra tudo, palavra e pensamento,

Que muda em nós, no nosso todo, um momento,

Por conseguinte, o seguinte, e o seguinte...

Eu sei que dezenove não são vinte!

Mas a vida me ensinou que eu não sabia;

Agora, eu confundo noite e dia

E escondo esse desnorte na poesia;

Por você tenho lembrado do que sei

Com seu carinho e paciência mudo a lei,

Acredito no caminho que tracei

Há muito, muito tempo, lá, além...

Desde lá (desse além) eu te conheço;

Tenho certeza, é muito, muito apreço!

Por isso, o reencontro, eu agradeço,

Porque esse dia me abriu pro recomeço...

E desde aí, eu vivo mesmo a minha vida,

De jeito intenso, ora inteira, ora partida,

Com o meu peito, lampião, no fundo guia,

A trabalhar, alimentado, dia-a-dia.

Sua luz aponte rumos, sempre mais,

Seu amor que vai ao outro, volte mais forte,

Que cada vez mais poetas a festejem,

Porque encontrar você na vida:

É MUITA SORTE!

A você, minha Mestra querida,

a quem eu agradeço

por existir na minha vida.