Vinho, Fado e Amizade
Amigo, ora te ouço, embriagado,
No estertor da noite que se finda,
Ao som da melodia que, tão linda,
Divide com o vinho a dor do Fado.
Ao longo do caminho, lado a lado,
Vão o Fado e Frevo, de mãos dadas,
Atrás dos pirilampos e das fadas...
No mundo das lembranças do passado,
Bem lá, onde a saudade fez seu ninho.
Amigo, erga a taça, beba o vinho...
E deixa a poesia de castigo...
Mais um Fado... e mais um... e mais um trago...
Que o tributo de Deus só vai ser pago
Na ressaca dos versos deste amigo.