VITTORIO TANGERINI
VITTORIO TANGERINI
Sei que te devo um poema
que, enfim, retrate
toda a tua inquietação
e teu espírito aventureiro.
Engenheiro florestal,
cantor de ópera
- foi Radamés na ópera
Aída, de Verdi,
no Scalla de Milão -
e restaurador.
Da Itália saíste,
pelo norte da África passaste.
Mas, no Brasil, destino final,
te viste diante da armadilha
inevitável do amor.
Tudo fizeste pela arte,
entregando-te
com teu amor intenso
e infinito.
Minha avó Domingas,
serena e severa,
de domingo a domingo,
te amou
com independência
e admiração.
Vittorio,
presença invisível
em minha vida,
canto-te em versos
assim como expressaste
teu amor de eterno viajante,
universal.
NMT.