DEL MARABAIXO

Filha de Antônia do Carmo Costa

E Inácio Lopes da Costa.

Nasceu em 26/09/72 com primazia,

Na Maternidade “Mãe Luzia”.

Na Comunidade de

Campina Grande

Surge essa mulher quilombola.

Delcilene, Ducilene, Delcica,

Vejam sua história verídica.

Sem estudo em seu lugar,

Para Macapá teve que mudar.

Com apenas 7 anos de idade,

Teve que deixar sua comunidade.

Depois de frequentar várias escolas,

Entrou no mercado do trabalho.

Na arte, não fica cabisbaixa,

Canta e dança marabaixo.

“Cabelo de fogo”, “Espalha brasa”

Assim seus avós a chamavam.

Mas a melhor patente, doutrina:

“Essa é a Del da Campina”.

O Território Quilombola

Defende com samarra.

Para poder fazer valer.

O seu Legado de garra.

Cantadeira, artesã, compositora,

Dançarina, percussionista, agricultora.

Na Academia, 38 é o número da cadeira,

Ocupada por essa guerreira.

Ela leva para todo lugar,

A cultura viva do Amapá.

Delcilene do Carmo Costa,

É uma artista disposta.

O quilombo de Campina Grande

É seu reduto, seu lar.

E no rufar dos tambores,

Del chama o povo para aquilombar

Mulher destemida,

Que não foge da luta.

Não deixar a cultura morrer”,

É sua missão, absoluta!

Junto com esposo e filhos

Age sem empecilhos.

E com apoio de grandes amigas,

Ela se faz mais aguerrida.

Por isso, é importante frisar.

Que a mulher não devemos subestimar.

No palco, Del Marabaixo dá show,

Sua vida é cheia de amor.

Negra Aurea: 30/05/2023 -