Gosto (A todos os poetas)
Gosto de roçar, de vez em quando,
A minha língua nas palavras.
Fazer-lhes cócegas
E deixá-las vir a mim,
Sem sofrimento, sem angústia,
Sem, muitas vezes, necessidade.
Sem compromisso.
Gosto de senti-las escapando dos meus pensamentos
E passando para os rabiscos que compartilho
Com todo aquele que tiver interesse
Nas minhas palavras.
Não sou poeta.
Não sou tão “louca”, “desvairada”, “faminta” por “novas”
Palavras,
Como aqueles que, com grande maestria,
Diria até, cheios de inspiração mágica,
Possuem-nas e liberam-nas em forma de POESIA.
Aqueles que, com muito respeito e carinho,
Eu chamo de poetas.
Porque, diferentemente de mim,
Escrever , para eles, é mais que diversão:
É o enamorar-se pelas palavras
E, através delas, encantar a todos.
Com carinho, a todos meus grandes amigos poetas.