MORTE LENTA (O trágico destino dado ao clube social de Puxinanã - PB)
MORTE LENTA
(O trágico destino dado ao clube social de Puxinanã - PB)
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Quantas saudades tu me fazes recordar
Quando eu vinha dançar, tuas noites de São João
Mais o teu presente te condena à solidão
E noites de escuridão, fizeram-me inspirar
Pela bilheteria, te contemplo com o olhar
Rabisco num papel um poema pra te compor
Na esperança de juntar, pedaços do que sobrou
Uso da força do meu imaginário
Volto atrás os anos no calendário
Quando aqui eu encontrei, o meu grande amor.
Da tua história ninguém teve o cuidado
De preservar aquilo que te restou
Quanto romance por aqui já começou
Quantos amores, quantos enamorados
Quantos casais, hoje estão casados
E com saudades, vivem recordando
Relembro o sanfoneiro, e o acordeom tocando
E os casais, se beijando no salão
De um lado pro outro, era pura animação
E hoje a solidão, está te consumando.
Eis vítima da tal modernidade
Sem passado e de futuro incerto
Mais parecendo um fantasma no deserto
Do que um clube que marcou a essa cidade
A tua velha guarda te guardam com saudade
A tua juventude desconhecem a tua história
Entregues ao esquecimento, virou a escória
Aos governantes aqui fica o meu apelo
Para que não seja por falta de zelo
Que o futuro, te apague da memória.
Amiraldo Patriota
Conclamação a população/políticos da cidade de Puxinanã – PB. A não deixarem que o tempo e a falta de zelo, acabem por dizimar da história, a memória do antigo clube social dessa cidade.