UM CERTO ALGUÉM
Ele já não era ninguém, mas que ao mundo ainda queria bem. Ele já não era ninguém em seu bolso procurava um vintém, más sempre via que estava sem.
Ele já não era ninguém, o que falava o que pensava só guardava o que não lhe convém.
Ele já não era ninguém, um gesto, um gosto, um medo, um valor, um propósito, gostava de se humilhar também. Ele já não era ninguém, torcia pela própria derrota, seu orgulho não deixava divisar entre o mal e o bem.
Ele já não era ninguém, no coração seus mistérios, nos sentimentos sinceros, em suas veias um tolero, em seu recanto uma alma Nova que vem.
Ele já não era ninguém, tudo que procurava, tudo que almejava se assim conquistava podia, sim, ir sempre mais além.
Ele já não era ninguém, já não sorria, já não falava pouco, comia, da sua vida, já tinha dúvida se se tornou um harém.
Ele já não era mais ninguém, simples recado, simples tropeço, simples parágrafo ou apenas mais porém.