PAI
Porque foste e não voltaste?
Já não estás… longe ficaste.
Mas continuas a ser, existes!
Nos meus dias, anos tristes!
Cuido o mimo que me entregaste,
E a coragem que me ensinaste…
Mas tortura-me a tua abscência,
Fraquejou a minha existência.
Vives afinal na minha essência…
Conheço a responsabilidade,
De habitar na tua ausência!
Contornar a adversidade,
Suportar a ambivalência…
Não quero que vás… e não vais!
Sou eu agora quem manda mais!
Pois de tanto correr aprendi,
Que para sempre preciso de ti!
A vida, e tu, fizeram-me lutar,
Sigo o teu rumo, estrela polar…
Se o desejas, serei forte!
Mas não me podes faltar…
És o meu norte!