ACADEMIA
Nos idos tempos do velho mundo,
Nas reuniões em praça pública,
Os poetas, em verso ou prosa,
Colhiam as opiniões populares.
Surgiam os amores à sabedoria,
Que filosofavam as dúvidas do povo.
Entre crenças e mitos surgia a religião,
Que diversificava as crenças nos deuses.
Essa necessidade mundana milenar,
Chega até aos nossos dias, lembranças
Daquelas praças, hoje reunidas em Academia,
Entre tantas, as de letras, em especial Cristã.
Assim trocam experiências e inspirações,
No mais puro vernáculo luso-brasileiro,
Registrando em anais suas verves,
Com rima e métrica como pedem admiradores.
Como academia acolhe também poesias pobres,
Aquelas que carecem de tonal na vogal ou sílaba,
Respeitando a inspiração do confrade moderno,
Que deixa sua experiência vivida ou crédula.
Por isso quis concorrer a uma cadeira dos ilustres,
Com meus pobres versos poder dizer do meu amor
À sabedoria, indagando a verdade, procurando espiar,
A vida de Cristo em versos como testemunho crédulo.