Velho Raimundo

À minha amiga Penha Alves.

O Raimundo vai pra roça

Sem ter hora de voltar

Pés no chão, corpo no frio

É preciso labutar.

Seu ranchinho à beira-rio

Chão batido, chaminé

Fogão à lenha enfumaçado

O coador parindo o café.

Ele despede da família

E segue o longo estradão

A luz de Deus ilumina

Aquele velho ancião.

Benedita e os filhos

Lábios em oração

O alimento sobre a mesa

O abençoado pão.

Velho Raimundo do Bento

Preto velho deste chão

Braço forte da senzala

Esteio forte do sertão!

Mestre Tinga das Gerais
Enviado por Mestre Tinga das Gerais em 09/03/2023
Reeditado em 09/03/2023
Código do texto: T7736566
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