RIO DE JANEIRO II
Tudo isso só poderia ser no Rio
Rio de melhor carnaval
Rio de melhores praias
Rio que lava a alma
Onde se tem a calma
De cidade do interior,
Apesar de sua grandeza
E sua grande beleza
Estampada em seu esplendor
Dos braços abertos,
Certos,
Do Cristo Redentor.
Rio de Copacabana
Ipanema e Tom Jobim
De Vinícius de Morais
Enormes cabedais
De intelectualidades
Quase sem fim
Espalhando-se pelas cidades
Do mundo inteiro, enfim...
Rio de todos os brasileiros
Rio de todos nós
Rio de estrangeiros
Rio que nos levanta a voz
Contra todas as injustiças
Estampadas em jornais
Que nos mostram as contradições sociais
Não só em seu território, mas em todo o mundo!
Rio de desgosto profundo
Rio de alegria estonteante
Cristo Redentor do mundo
Estampado em diamante
Uma festa particular
E o “nosso” Canhotinha
E o Garrincha a driblar
E o carnaval
Coisa sensacional.
Aires José Pereira é escritor com vários livros e artigos publicados. É professor na UFR, membro efetivo da ACALANTO – Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense. É coautor do Hino Oficial de Rondonópolis. É graduado e especialista em Geografia pela UFMT e mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB e Doutor em Geografia Urbana pela UFU.