Ao seu azul parafraseado de azul
sempre quis Leminski
enfiado na agulha
mas ele dizia
acima do cigarro
- és Adélia Prado
contrariando Júlio Saraiva
fui verdejando
sem avisar aos jardins
brotei no mato
como se passasse do ponto
pelos palavrões
tão bons de doer
que acontecem às vezes
sem soluçar avisos
“ tenho muitas saudades dos teus olhos
no telefone, as madrugadas vivem órfãs
dessa sua inquietude
sem fim ou começo “
Salve Júlio Saraiva