O Barco da Amizade
Olá Princesinha do Oriente!
Ser mágico e encantador
Menina imprevisível
Donzela misteriosa
Cuja alma eu quero conhecer!
Eu anseio por te conhecer!
Oh! Mas tu vens desse mundo
Longínquo e sedutor
Demasiado puro e verdadeiro
Para eu poder nele penetrar.
E talvez o teu mundo não esteja assim tão distante
Porque mesmo que o Oceano nos aparte
E muitos mares e mares nos separem
Pudemos cruzá-los sempre no
Barco da Amizade!
Não pensas que é possível?
Esse navio é muito forte
Foi construído tão resistente
Que nunca se afunda
Mesmo no meio das maiores tempestades
E fustigado pelos piores vendavais.
A Amizade é tão bela!
Ah! Como é bom ter alguém
A quem chamar Amigo!
Deixas-me ser teu amigo?
Minha doce terna e meiga
Princesinha do Oriente!
E tu? Tens amizade por mim?
Queres ser também minha amiga?
E sabes o que é que eu sinto
Quando te vejo e estou contigo?
Eu sinto o teu coração
E sei da ternura
E de toda a bondade
Que ele encerra!
Sinto-me contente alegre e tão feliz
Por poder estar ao teu lado
E saber que te amo
E que todos os meus desejos são para ti
Que tudo o que há de bom em mim é teu
São estes os sentimentos que me inspiras
Quando estamos juntos ou se penso em ti
Nessa tua imagem de princesa
Princesinha do Oriente!
Vamos a ser amigos para sempre?
E para sempre significa para sempre
Que nunca haverá um tempo
Em que não nos queiramos muito bem
Porque todo o tempo
Nos havemos de amar com ternura
E o meu pensamento estará no teu pensamento
Tal como o teu pensamento
Será também o meu desejo
Constantemente e sempre
Nunca enjoaremos no Barco da Amizade
Porque o Amor é sempre novo não é?
Tantas maneiras diferentes de dizer como te amo
Modos tão diversos de aceitar e receber
O dom do teu amor!
Que viagem tão linda vai a ser
Eu e Tu vogando nas ondas desse mar
Dois peixinhos a nadar
Ao sabor da corrente que nos levará seguramente
Ao porto do Amor Eterno
De onde nunca e nunca e nunca sairemos!
E o nome do navio é
“Princesa do Oriente”...
Sª Mª Feira, 15-03-1987