Estatuto Estético
in memoriam Oscar Niemayer
Me apropriei da mão espalmada de um gênio, para escrever o quantum de conflito há nesse compasso, entre o cimento a areia e o aço...
...numa circunferência de viadutos , ao estatuto estético de um ato.
Da palavra Amor, sobre colunas,
ao desamparo e a dor, de uma uma negra bailarina.
(Não me refiro ao sensualismo do sambódromo) Digo, dos
vergalhões, que expõe a nudez concreta social, quando na margem, não se tem vidro, nem asfalto, nem sal.
Tuas mãos de gênio, irão de forma involuntária, me absorver,
pelo adiantar da hora,
pela honra
Pelo traçado do samba
pelo drama.
Do manhã que viste antes,
no futurismo, da linguagem Paulo Freiriana:
'Da simetria dos tijolos enfileirados em comum' do dialogo frio dos minerais, da pedagogia da pedra, em alicerce construindo catedrais
e o manifesto oculto, que
Traçastes nestas curvas no horizonte;
daqui de cima de uma ponte,
Vejo o gênio
no reflexo
do desenho
o círculo
a beleza
do feminino
o arco-íris!
O lábio
O enigma
A liberdade!