Africano

Mão caluda

pé rachado,

num lamento o escravo

implora por ajuda.

Mãos que puxam o café,

ao estalar do feroz chicote

negro seja forte

Deus tua força é.

Pode o algoz esfolar tua pele

com silvo cruel da chibata,

mas nunca atingir a tu’alma

porque negro, teu povo te exalta.

A noite é teu berçário

descanse no conforto da senzala,

a lágrima que em teu rosto espalha

é a paga por anos de trabalho.

O suor de tua fronte emanado

deixou muita gente feliz,

a dor do lombo marcado

fez a grandeza do nosso país.

Hó africano de pele brilhante!

Homem de extrema bravura,

me curvo a ti nesse instante

por engrandecer a nossa cultura.

Erick Leite
Enviado por Erick Leite em 08/12/2022
Reeditado em 09/12/2022
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