A Minha Deusa Pequenina
Eu tenho uma deusa, uma deusa pequenina.
Eu não sei se ela gosta que eu diga “pequenina”,
Mas eu digo-o só para exprimir
Toda a ternura que sinto por ela.
E é tão bom ter uma deusa pequenina,
Como é bom ter uma deusa pequenina!
Eu tenho uma deusa pequenina,
A quem amo de todo o coração.
E mesmo que ela não saiba quanto a amo
Será sempre a minha deusa pequenina,
Porque mesmo quando ela crescer e já for grande
Não deixará nunca de ser
A minha eterna deusa pequenina.
E eu amo a minha deusa pequenina!
Eu nunca vou poder estar longe
Da minha deusa pequenina,
Porque não se pode estar longe
De quem se traz no coração.
Não há nada mais perto do que o nosso coração
E é no meu coração que mora
A minha deusa pequenina.
Porque dentro de mim palpita
O amor da minha deusa pequenina!
Eu amo uma menina a quem chamo
A minha deusa pequenina,
E se essa menina gostasse só um bocadinho de mim,
Uáu! Nem sei nem consigo nem posso
Imaginar como seria.
Por isso ela é só a minha deusa pequenina,
Mas podia ser a minha amiga.
Ah! Se ela apenas fosse minha amiga,
A minha doce e terna deusa pequenina!
Mas eu não sei como conquistar o seu amor.
Como é que se ganha o amor de alguém?
Se calhar nunca fui muito bom estudante nessa matéria
E reprovei no exame de como fazer amigos,
E eu gostava tanto de ser amigo
Da minha deusa pequenina.
Eu quero mesmo ser amigo
Da minha deusa pequenina!
Ó minha deusa pequenina!
Não sei porque gosto de ti, mas gosto.
Afinal, porque é que se gosta de alguém?
Quais são os secretos e desconhecidos mecanismos
Que fazem vibrar a corda do amor no nosso ser?
Não sei nem quero saber!
Só sei que amo a minha deusa pequenina.
Sim, amo e amarei eternamente
A minha linda deusa pequenina!
Eu tenho uma deusa,
Uma deusa pequenina.
Há uma menina a quem eu chamo
A minha deusa pequenina.
Eu sou amigo dela.
Eu sou muito amigo dela.
E não preciso que ela seja minha amiga
(Mas gostava que ela fosse
Oh! Como adoraria que ela o fosse)
Para gostar sempre e para sempre
Sempre e para todo o sempre
Eternamente sempre e sempre dela,
A minha mais maravilhosa e bela,
A minha encantadora e terna,
A minha sedutora e meiga,
A minha verdadeira e única amiga,
Deusa pequenina...
Ermesinde, novembro 1985