DESFILE
Ao brazão da escola que reluzia
À letra I que caiu da agremiação
À porta-bandeira que não sorria
E aos baixinhos do fim do pelotão
À fanfara fazendo o seu carnaval
Ao locutor dizendo estar gripado
Ao soldado que marchava errado
Ao “olha o picolé” no Hino nacional
Ao regente mor e sua coreografia
Que parou seu bastão da harmonia
E fez pose ao cara que gritou “viado”
E à menina da baliza pelo encanto
Meia rasgada e joelho sangrando
Apresentando seu balé no asfalto