As mãos do meu pai

As mãos habituadas à balança

No cotidiano trabalho da taberna

As mesmas que em prece se alçam

E distribuem a ternura aos seus

Mãos que tocam a terra

Curam as plantas

Nutrem os pássaros

E escrevem canções

Mãos que abençoam

Distribuem a Eucaristia

Tocam a carne de Cristo

Junto ao seu sacro coração

Mãos que sentem o pulsar da vida

Que passa deixando memórias:

Saudades dos pais e da infância

Na efervescência da própria história

Mãos que são pousio à cabeça

Já com cabelos e barba brancos

A pensar e meditar as mudanças

Na família, no mundo, no destino

Mãos com as graças paternas

Que dão vida e portam sabedoria

Mãos que se afadigam e se renovam

No compasso de fé, amor e vida

Assim são as mãos de Jovencio.

Pois as mãos são eloquentes

Ao representar labor e ações

E aquilo que há nos corações

*****

Feliz dia, papai! Amo-te!