As mãos do meu pai
As mãos habituadas à balança
No cotidiano trabalho da taberna
As mesmas que em prece se alçam
E distribuem a ternura aos seus
Mãos que tocam a terra
Curam as plantas
Nutrem os pássaros
E escrevem canções
Mãos que abençoam
Distribuem a Eucaristia
Tocam a carne de Cristo
Junto ao seu sacro coração
Mãos que sentem o pulsar da vida
Que passa deixando memórias:
Saudades dos pais e da infância
Na efervescência da própria história
Mãos que são pousio à cabeça
Já com cabelos e barba brancos
A pensar e meditar as mudanças
Na família, no mundo, no destino
Mãos com as graças paternas
Que dão vida e portam sabedoria
Mãos que se afadigam e se renovam
No compasso de fé, amor e vida
Assim são as mãos de Jovencio.
Pois as mãos são eloquentes
Ao representar labor e ações
E aquilo que há nos corações
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Feliz dia, papai! Amo-te!