ALVÍSSARAS PARA OS RESILIENTES
“Cálida Apresentação Poética” (*)
Numa cálida tarde dum mês Sahariano,
Convocados que foram os poetas resilientes,
Revelou-se a Poesia, nas diversas vertentes
Num amplo horizonte e num espírito ufano…
Por vezes, quase tangendo o sobre-humano,
As suas exigências, mostrando-se pertinentes,
Ultrapassam as fragilidades descontentes
Sublimando tud´ aquilo que possa causar dano.
Pelo ar pairava um hálito de fogaréu
E os corpos, suspirando a cristalina água,
Jamais deixaram que se instalasse a mágoa
No ânimo dos poetas, seguidores de Orfeu.
Desta arte a Poesia, de facto, regurgitou
Nas palavras efusivas dos sábios preletores
Que fizeram dos simples versos belas flores
E o aroma poético logo ali se instalou…
“Por Ceca e Meca” quem é que adivinharia
Que uma “Lira Submersa” ali se revelasse,
E na boca dos leitores beleza encontrasse
De forma qu´ o Sahara em Céu s´ transformaria?
Alvíssaras para os resilientes, eis a questão
Da poética Arte, nesta lauta Apresentação!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA
(*) – Carnide, 16 de julho de 2022