PORTO II

Pra você que é música, é poesia, é movimento

Você que é paz, calmaria mas já foi tormento

Você que é brisa leve, mas mas pode ser vendaval, toda vez que passa por aqui faz um carnaval

Onde chega é bem visto, é rio tranquilo mas também é temporal.

Porém sempre atemporal.

De relações não definidas mas sempre tão bem supridas

De tanto amor se esvai com o vento, por onde sopra, mesmo ao relento, só vê estrelas.

Só vê pessoas, só fala besteira. Com a mesma boca de ecoa, de tempos em tempo cantigas antigas, Cantigarias.

E por falar em tempo, enfim nosso trisal perfeito: eu, você e o tempo. Caminhando lado a lado, macio, como jamais esperávamos.

Um do outro somos porto, mesmo ao mundo sendo navios. Barco à vela, quase sempre vazios. Navegamos e naufragados juntos, tantas vezes que nem sei. Tantas fogueiras, casos e causos. Somos mais que acaso. Estendemos sempre os braços, quando procuramos abrigo e proteção.

Somos casa um do outro, bem aqui no coração. Um brinde triplo à sua vida. Ao universo, gratidão.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 10/07/2022
Reeditado em 10/07/2022
Código do texto: T7556484
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