Súdito

Bárbara, minha voz sussurra

diante dos teus sonhos de sesta.

E eu sei que sonhas, pois estas

pálpebras tuas sobre os olhos se movem

com a marcha da conquista

e o sorriso que tens no rosto

só os tem aquelas monarcas

que nas capitais em guerras tomadas

desfilam altivas nas pistas.

Mas não quero que acordes ainda!

Bárbara, é a voz minha

que roga um espaço na festa que sonhas,

vassala, plebe, vencida, estranha,

mas fiel à sua nova rainha.