NO CERRADO DE MARTA SOUZA

por Regilene Rodrigues Neves

No cerrado suas folhas

São escritas

De papel em papel

Voam para o céu...

Caem mundo afora

Semeando sonhos

Em lugares áridos...

São folhas de outonos

E estações, papéis vegetais

De poesias livres

Que nascem dos seus ais

Nos remansos da alma

Capturadas no cerrado...

Lá onde gorjeiam pássaros

E voam borboletas

Onde os sentimentos

Áridos sobrevivem

Entre pequenos riachos

Que passam em regos d’águas

Além do pensamento...

Colhendo frutos

Dos seus sonhos semeados

Por caminhos íngremes

Por ela alcançados...

No cerrado de Marta

Sua voz também canta

E encanta seus ancestrais

Lá onde a poesia faz morada

E o seu louvor se mistura

À passarada fazendo eterna morada...

Em 06 de junho de 2022 – às 17:37h.