A Fã

A FÃ

Miguel Carqueija

 

 

Ah meu amado, meu rei,

queria te sequestrar;

é uma loucura, eu bem sei,

loucura por tanto amar.

 

Eu peço a Deus que te guie

pelos caminhos do mundo;

que a minha paixão esfrie

e se amares, vais fundo!

 

Tenho todos os teus discos,

estou sempre a te escutar;

e corro todos os riscos

pra teus shows prestigiar.

 

Eu luto contra o ciúme

vendo outra te beijar;

quero sentir teu perfume,

quero em teu colo sentar.

 

 

 

Por que tu és tão bonito,

charmoso a mais não poder?

Não quis namorar o Tito

com medo de te esquecer!

 

Acompanho a tua agenda

e vou aonde tu vais;

e até levo uma merenda

pra fome passar pra trás!

 

O meu quarto eu forrei

com notícias de jornal

e posters que eu comprei,

tudo de ti afinal.

 

Quase embarco clandestina

pra seguir-te no avião:

esta enfim é minha sina,

amar-te assim de paixão!

 

 

 

Se algum dia por milagre

vieres me visitar

a minha porta se abre

contente, tu vais entrar!

 

E terás no meu cantinho

mil coisas pra desfrutar:

comida boa, carinho,

cordinhas pra te amarrar!

 

Mas não te assustes, meu anjo,

vou só retê-lo um pouquinho

pra ouvir-me cantar no banjo

e te tratar no beijinho!

 

Que fantasia maluca,

de tanto escrever-te carta

devo estar lelé da cuca,

porque eu nunca fico farta

 

 

 

 

de mandar-te pela net

mensagens com meu amor;

penso até em te dar um pet

atestando o meu calor!

 

Quem mais vibra na platéia

sou eu, e posso apostar;

me gratifica a idéia

de teu canto acompanhar!

 

A tua voz é vibrante

e ressoa no auditório:

a emoção vem num instante,

é o contrário de um velório.

 

Eu sei que nem adianta

te pedir em casamento;

me sinto até uma anta

nutrindo este pensamento!

 

 

 

Mas milagres acontecem:

quem sabe eu posso tentar?

As rivais não te merecem,

vou na rede anunciar!

 

Meu coração bate forte

por querer tanto te amar!

Eu te quero até a morte,

meu amor vou proclamar!

 

Afinal já nos falamos,

assinaste em minha mão,

sabes bem que eu sou mulher;

 

se quer tentar, então vamos!

Te amarei com devoção

e seja o que Deus quiser!

 

(poema escrito entre 17 de junho e 25 de julho de 2015; originalmente publicado nesta escrivaninha em 23/10/2015)

 

 

Teenage Idol

 

Velucy

 

 

 

 

“Oi, estou aqui de novo!

 

Eu não sei se vocês perceberam que eu sou bem antiga. Nasci na década de quase 60, na verdade... finzinho de 59.

 

 

 

      Minha adolescência foi vivida na década de setenta, oitenta e afins. Meu gosto pela música foi baseado nos gênios dessas décadas que foram muitos, de Beatles, que meu tio curtia, a The Monkeys, um pouquinho de Elvis Presley que minha mãe amava e por aí vai...

 

 Mas em 1972 (eu tinha doze anos) eu fui apresentada a um cara que tinha tudo pra ser rejeitado por mim. Eu era atraída pelos gatinhos da vez, claro, não era besta nem nada. Eu tinha um gosto bem apurado por meninos TDB, como o Marco Antônio e outros personagens meus que vocês já conhecem.

 

   Mas o Elton, apesar de meus olhos adolescentes virem um gatinho na foto da revista, não era assim... bem um gatinho. Ele era mais um ursinho de pelúcia inglês, loiro (pelo menos na foto da revista) de cabelos compridos.

 

   Resumindo: esse cara virou a minha vida de cabeça pra baixo e eu me apaixonei por ele e pelas suas músicas de maneira quase mágica. Eu passei a reconhecê-lo pelo toque no piano (que ele tocava magistralmente), mesmo sem conhecer a canção que ouvia pela primeira vez no rádio! 

 

   Eu estava maluca? Com absoluta certeza! E essa insanidade dura até hoje, senhoras e senhores!

 

  No final da década de setenta, eu já tinha dez pastas catálogo pretas cheinhas de fotos e recortes dele de tudo quanto era tipo. Todos os discos (comprei cinco de uma vez só, por uma ninharia de alguém que não os queria mais, por não ter mais nas lojas), trocentas revistas Bizz, Contigo e toda revista adolescente de música pop que saísse aqui no Brasil que tivesse a cara dele estampada.

 

Como eu comecei a escrever em 70 por conselho da minha professora do quarto ano primário, e eu já tinha pegado gosto pela coisa, anos depois, tive a mirabolante ideia de começar a escrever a história... dele!

 

   E lá fui eu! Reuni em sequência, depois de um ano ou mais de pesquisa acirrada, os fatos mais relevantes da vida dele e comecei a escrever a biografia super não autorizada de Elton Hercules John e seu parceiro lindo (Bernie Taupin era lindo mesmo, gente!) Bernard John Taupin, que já era casado com 21 anos!

 

   Resumindo de novo: escrevi o “Torre de Babel”, que é o nome de uma canção deles de 1975, “Tower of Babel” (vão na internet e pesquisem, vale a pena!). E ele foi finalizado e editado na década de oitenta. Ele conta a história do Elton de 1947 até o ano de 1977. E por tabela, a do Bernie também!

 

 

 

O que eu vou postar agora é a confirmação da loucura que eu fiz depois. Escrevi a continuação do “Torre” de 1977 até os últimos tempos, ou seja, 2019. Ele se chama “Quebrando Barreiras” (“Breaking down Barriers”) que é uma canção dele, Elton, de 1981.”

 

 

 

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 Sou Vera Lucia Moreira. Nasci em 1959. Sou professora aposentada desde 02 de fevereiro de 2016. Adoro escrever e faço isso desde os doze anos. 

 

   Tenho vários livros escritos, mas apenas dois livros editados, Torre de Babel, sobre o cantor pop Elton John, que teve uma vendagem relativa. Deu apenas pra eu me divertir e conseguir amigos fãs do Elton; e "Leo" - Um amor em outro plano", que vai ser lançado na Bienal do Livro de São Paulo no dia 03/07/22. Esse romance também já foi publicado aqui no Recanto, como novela. Eu estarei lá na Bienal por uma hora, a partir das 11:30.

   Tenho vários romances publicados aqui no Recanto e gostaria de conversar com pessoas que são românticas e de ideias diferentes. Estou também na plataforma Mobi Lera, com todos os meus escritos, pra quem curte ler livros no celular!

   Sou de São Paulo, Itaim Paulista. Meu email é 59lucystar@gmail.com

 

Imagens: 1 e 2, pinterest; 3, 4 e 5, pixabay; 7, foto de Elton John, pinterest.

Imagem 6, logotipo da escrivaninha de Vera Lucia Moreira (Velucy), gentilmente cedida por Vera Lucia Moreira.

 

 

 

Miguel Carqueija e Velucy
Enviado por Miguel Carqueija em 29/05/2022
Reeditado em 30/05/2022
Código do texto: T7526706
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