Manaus - parte 1
Tu que és a cidade cravada na floresta
Na sua infinitude de grandes histórias
Oh! Mãe de viadutos e tais concretos
Porque tu não escutas os teus poetas?
Que clamam por ti em versos e vozes!
Para defender a honra de tua tal glória
Dos cidadãos que foram tão esquecidos
Por seus compatriotas de outras regiões
Oh! Manaus, porque tu não ouve-me?
E porque tu não ouves os teus filhos?
Pois eu ando sozinho entre a população
E vejo leitos de rios e igarapés poluídos
Num contraste desigual com o passado
Onde esse sol brilhava com mais pureza
Na época áurea do clube da madrugada
Com os escritores e poetas da Manaus
De outrora de outros tempos e amores
E inquietudes juvenis de ideais de utopia
Oh! Manaus, será que tu não percebes?
Como os teus legítimos filhos te amam!
Porém há em ti um sorriso triste de dor
Dos que não o amam como deviam amar
E são intrusos que te matam e te destrói
E não conhecem a sua histórica história
E vivem a te maltratar continuamente!
Mas tu és parte do que eu sei e conheço
Eu que num lapso de loucura já pensei
Em te deixar e partir daqui e ir embora
Oh! Manaus, minha mãe, perdoe-me!
Eu, um caboclo Manauara que te ama.
A origem etimológica da palavra indígena da cidade de Manaus, vem do Nenhegatu Tupi; com um significado designado de mãe dos deuses, dos antigos povos guerreiros indígenas que moravam na margem do Rio Negro e se chamavam tribo dos Manaós. Daí advém a origem da palavra Manaus.
TEXTO DO LIVRO:
FRÁGIL
REVOLUÇÃO POÉTICA_
2001.