E a lua, toda formosa
Apareceu, em meio às nuvens cinzas
No cair da noite, foi alertada
De que, frustrada, restaria
Mesmo assim, insistentemente
Afastando as plumas de vapor, apareceu
Me mostra, ó céus, quem é essa
Que ofusca a minha existência
Então, sem perda de tempo
O céu, de lá, apontou para a Terra
E no ponto extremo das américas, indicou
Quem seria a dona da venustidade
E olhando para a bendita, a lua esmureceu
Procurou um lugar pra se esconder
Se pudesse, se enterraria
Mas isso tornaria impossível a vida no planeta
E de um artifício, se utilizou
Usou, para próprio proveito, a sombra da Terra
Com vergonha de sua vaidade
Admitiu que tal moça era muito mais bela
Não bastaram as nuvens do céu
Para que a Lua se recomposse do vexame
Tivera de improvisar um eclipse total
Para se eximir do equívoco em que se pôs
Pois, não há moça mais bonita
Nem luz mais reluzente
Que se compare, nem de longe
À elegância da moçoila