MÃE: ANJO DE SUBLIME REALEZA
Os braços que me aninhavam
Assim que estreei neste palco
Buscando abrigo para a alma
E conforto no aroma de talco
Agora cansados me procuram
Para continuar o eterno afago.
O abraço que me agasalhava
Em tempos de frio ou de dor
Que com seu afeto me curava
Com profusão de puro amor
E mesmo no fenecer do tempo
Segue sendo a jovem bela flor.
A preocupação que se esboçava
Quando eu buscava no mundo
A vivência que me completava
Em um mergulho mais ao fundo
Com sucesso ou não eu voltava
Para me refazer em um segundo
É ela que sempre me aguardava
E nela havia algo mais profundo.
O tempo passa e a gente entende
Que Deus fez mais que natureza
Algo que não se compra ou vende
Inda com corpo fraco é fortaleza
Pois a sua alma que não se rende
No impossível encontra destreza
E até com seu filho Ele foi cedente
Mãe: um anjo de sublime realeza.
Cláudio Antonio Mendes
Feliz dia das mães.