TRIBUTO A PARAGUASSÚ
TRIBUTO A PARAGUASSÚ
Em Outras Contas do Cocar Grande:
O Sertão da Escola
Bem acolá eu nasci,
No centro do meu sertão.
E os bichos juntaram-se a mim, e eu desenvolvi.
E a seca conviveu comigo,
Com chuva pedida na reza.
E feliz eu ficava
Com o trovão que roncava.
De cobra, fobia eu não tinha,
E da assombração, nem temia.
E agora os passarinhos comigo,
A lição eu conhecia.
E o Urubu, pobre urubu,
Fazia seu aconchego,
Bem no meio de espinhos.
Bem lá no pau-branco,
Quem sabe no tronco da urtiga.
A Escola! É um sertão.
Bem em riba o sertanejo corajosão
Que plantava bem na hora,
Já noutro momento a apanhar,
Em outro momento a rezar,
Pra livrar da perdição.
E entre tantas amarguras,
Com muita Pena e tanta necessidade,
Infeliz, o sertanejo não é.
E ele que tem tão pouco,
Com seu vizinho reparte.
E eu falo por isso mesmo,
Amado é o Sertão.
Por todo irmão é querido.
Acolá o mundo todo não é infeliz,
Isolamento não existe.
Nunca, nunquinha saberá,
Que desanimação o que será?
THILDDER OLIVEIRA
Nessa minha homenagem ao José Paraguassú, tento mostrar a riqueza do Sertão lá dentro da Escola da Vida. Felicidades Grande José Paraguassú.
Assim perpasso o caminho literário dele.