Erros

Jamais fui de cometer erros,

andar na companhia de equívocos apresentando falhas.

Tu nunca aceitarias isso de mim!

Mas é meu de berço, ou de tua pedagogia?

Não errei,

ao te exaltar como minha princesa em plena infância!

Ao te dar minhas confissões e reconhecimento em plena adolescência.

Não errei,

Ao buscar teus conselhos;

Teu consolo;

Teu colo materno.

Não errei,

Ao seguir em frente com teus puxões de orelha;

Ao me deixar ser empurrado repetidas vezes em direção ao norte,

pois no sul se deixam as desilusões e as dores.

Não errei,

Ao te chamar de tia;

Mãe e amiga.

Não errei, ao esperar tanto de ti.

Mas depois de tanto, é normal esperar muito mais! Não é mesmo?

Quantas risadas e fuxicos dentre nós não fora partilhados...

Alguns dignos de parar o carro,

e dar aquele olhar de “eu não acredito nisso!”

Mas até onde sei, desde sempre fomos assim.

Compartilhamos entre nós mesmos:

Nossas vidas, deixando a marca de um no outro,

ecoando nas salas em que o outro visita,

nas salas em que o outro habita!

Partilhamos sonhos e desilusões;

Memorias e objetivos... e em algum ponto nossas poesias;

Algumas até a autoria!

- seu Zé!

- mulheres de março

- ganância.

Então te pergunto:

“Quem és tu?”

Que tem o direito de tanto amor meu;

Que ecoa na luz e sombra de minhas palavras;

Que é reconhecida por nome, dentre os poucos amigos meus;

Que tem a ousadia de me empurrar dia após dia;

Que simplesmente... é você, e segue sendo amada por aquele que sou eu.

Thiago Santiago - 06 de julho de 2021.

Poema feito para o aniversário de minha tia, mãe e amiga... Jaize Santiago Lopes.