Millôr Fernandes

E eis que estou aqui, hoje, pra lhes falar…

De um ser humano, um artista, pra lá de exemplar!

Desenhista, dramaturgo e escritor

Igualmente, e ainda (pois era, ele, vários)

Humorista, poeta e tradutor

Jornalista também, e não menos, até mais!

É de um brasileiro, com mente sagaz

Que se trata essa exposição

Que não possui a ambição

De tentar contar toda a trajetória “millônar”

Por sinal, até uma rica história a analisar

De 88 primaveras dedicadas a arte

E de tudo o mais que dela faz parte

Um ser de caráter inovador

Inúmeras vezes até contestador

Era assim o inigualável Millôr

Desde muito jovem inquieto,

Menino esperto, que soube se virar

Mesmo quando a morte foi lhe visitar

Roubando muito cedo seu pai e mãe

O que fez nosso homenageado amadurecer

E para o trabalho, de faz tudo, ele foi correr

O Cruzeiro, O Pasquim, Isto é, O Dia e O Estado

De todos estes, ele foi colaborador,

Contratado, bem pago, pois era merecedor!

Mas nem por isso e com tudo, ele se aquietou

O tempo inteiro, de vida e tinteiro, se reinventou

Criou música, peça de teatro, foi até apresentador!

Fez sorrir, enquanto encantava, e causava o refletir

Uma das personalidades mais respeitadas

Que gostava de notoriedade, não queria ficar desamparado

Mas tinha horror à popularidade, para não ser intimidado

Reservado ele ficou, até o fim do seu respirar

Grande legado deixou, que tanto nos faz inspirar!

Claucio Ciarlini (2019)

Claucio Ciarlini
Enviado por Claucio Ciarlini em 08/02/2022
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