Papai, Mamãe, Que Saudade!
Desculpe-me mãeinha por chegar tão tarde assim,
Perdoe-me papai, não queria acordá-lo ainda cedo.
Andei na noite feito um vaga-lume, sem brilhar,
Voltei para casa e os encontrei esperando-me.
O café está na mesa,
A madrugada continua fria,
O medo sempre existirá.
O galo canta, a dor aumenta,
A solidão corrói.
Desculpe-me mãeinha por chegar tarde,
Papai, onde está o café?
A cama vazia, o coração dilacerado,
A ausência sentida, o medo constante,
Onde estão vocês, que não mais me esperam?
Edir Gonçalves