A coragem de amar de novo e/ou ainda
Eu leio a sua obra!
E tens razão Poeta!
O mar é feito da mais pura saudade...
Mas o Rio, largo, profundo e caudaloso nem sempre corre para o mar.
Vezes o abismo é o primeiro a tragar as suas águas...
Noutras o seu leito é represado e o pouco de água que escoa das comportas fechadas mal chega a molhar as terras áridas em derredor...
Mas não importa Embaixador!
O nosso barquinho cheio de sonhos e mágoas, em sendo de papel, logo se dissolve biodegradavelmente...
Ah! Poeta!
Você já sabia que "as veredas" dessa "vida desinquieta" tem espinhos?
E que os mesmos nos "rasgam" a pele e as entranhas inexoravelmente não é?
E bem dissestes que apesar da nossa estranha coragem de amar (depois de termos amado sozinhos) ainda
temos que lutar com alguma fé para combater a solidão.
Grande romancista!
A sua "prosa realista" sempre tão naturalista coloriu o meu Sertão de Rosa...
A tua poesia tão formosa deu-lhes a honra merecida...
Pela sua resiliência e por tudo que fez na vida recebestes a consagração.
E quando finalmente entendeu
de "vida" e "emoção" definiu a "solistência"
pra acalmar seu coração.
Adriribeiro/@adri.poesias
Poema em homenagem ao Escritor, Poeta, Romancista, Médico e Diplomata Guimarães Rosa ( 27/07/1908 à 19/11/ 1967 )