Páris(Poema 18)

Páris

O amor é tanto dádiva dos deuses

Quanto infortúnio, nenhum mortal deve

Entrar em querelas espirituais.

O infeliz Páris nasceu para causar

Milhares de mortes, os gritos da criança

Cassandra clamam pela morte daquele

Que trairá a sua pátria por uma paixão

cruel.

A bela e divinal Helena sabe

Dentro do seu coração que a

Liberdade mora além dos mares da Tessália.

Sonha com o jovem príncipe e

Vê sua face refletida no banho.

Suspiros de amor e desejo tomam

Conta do corpo da formosa Helena.

A alegria dos deuses recai

Sob a protegida Tróia, os nobres

Cidadãos desconhecem o triste destino.

Duas almas unidas pelos deuses

A guerra no caminho de servos,

Heróis, arqueiros e príncipes.

Nunca o Amor mobilizou tantas almas,

Nunca a destruição causou tanto pânico.

Páris Alexandre consome o desejo com

A mais bela das mulheres, sob as muralhas

Vê seu nobre irmão enfrentar o maior

Guerreiro-rei de toda a Hélade.

Enquanto Tróia não é tomada os

Eflúvios do amor são graças dadas

Por Afrodite a seu mais bem amado

Mortal, as balbuciantes palavras

De Cassandra são repelidas pela paixão!

Martinschongauer
Enviado por Martinschongauer em 04/12/2021
Reeditado em 02/12/2022
Código do texto: T7399531
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