Páris(Poema 18)
Páris
O amor é tanto dádiva dos deuses
Quanto infortúnio, nenhum mortal deve
Entrar em querelas espirituais.
O infeliz Páris nasceu para causar
Milhares de mortes, os gritos da criança
Cassandra clamam pela morte daquele
Que trairá a sua pátria por uma paixão
cruel.
A bela e divinal Helena sabe
Dentro do seu coração que a
Liberdade mora além dos mares da Tessália.
Sonha com o jovem príncipe e
Vê sua face refletida no banho.
Suspiros de amor e desejo tomam
Conta do corpo da formosa Helena.
A alegria dos deuses recai
Sob a protegida Tróia, os nobres
Cidadãos desconhecem o triste destino.
Duas almas unidas pelos deuses
A guerra no caminho de servos,
Heróis, arqueiros e príncipes.
Nunca o Amor mobilizou tantas almas,
Nunca a destruição causou tanto pânico.
Páris Alexandre consome o desejo com
A mais bela das mulheres, sob as muralhas
Vê seu nobre irmão enfrentar o maior
Guerreiro-rei de toda a Hélade.
Enquanto Tróia não é tomada os
Eflúvios do amor são graças dadas
Por Afrodite a seu mais bem amado
Mortal, as balbuciantes palavras
De Cassandra são repelidas pela paixão!