Meu avô
Ganhei-te, presente divino.
Pra pai de meu pai e meu.
Criaste com tanto afinco
o menino que cresceu
como homem bem formado,
de caráter apurado,
que trouxe-me como filha
Pra esse mundo de Deus...
Em mim, acho que pensavas
quando gerou tantos filhos...
Fartou-me de tios generosos
de braços que revezavam
em balançar meus desejos.
E tuas belas histórias?
Imaginárias e divertidas...
As cantigas inventadas
e a lista de apelidos
me encharcam de saudades
Ah! Meu avô querido...
Como eu definiria
avô tão especial
se o muito que eu escreva
pouco diria de ti?
E eu não sou escritora
Mas se fosse, te garanto:
Minhas obras se inspirariam
em teus cabelos grisalhos.
Ao meu avô Adelino Almeida Costa (In memorian)
(Sandra Lima Costa Melo)