O papel do papel

Ah! Meu amigo papel

quantas vezes em ti me acalentei

com cores e tinta muito te arranhei

com meu pranto quente

quantas vezes te molhei

no calor me refrescas

e no frio és meu manto

nas horas mais tristes

tu me afagas

e eu afogo em ti

todas minhas mágoas

me lavo em ti

como se fosse em água

para limpar a sujeira

deste meu coração

que conheceu o amor,

como poucos,

mas em dados momentos

se perdeu sem razão.

Miro Homemnegro
Enviado por Miro Homemnegro em 10/11/2021
Código do texto: T7382565
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