O papel do papel
Ah! Meu amigo papel
quantas vezes em ti me acalentei
com cores e tinta muito te arranhei
com meu pranto quente
quantas vezes te molhei
no calor me refrescas
e no frio és meu manto
nas horas mais tristes
tu me afagas
e eu afogo em ti
todas minhas mágoas
me lavo em ti
como se fosse em água
para limpar a sujeira
deste meu coração
que conheceu o amor,
como poucos,
mas em dados momentos
se perdeu sem razão.