O MENINO E O TREM
O MENINO E O TREM
Lá vai o trem, lá vai com o menino;
E quem aqui ficou pensa que o perdeu para sempre.
Ledo engano, um dia com certeza irá cruzar novamente no “destino”
Lá vai, lá vai o trem,
Deixando saudade e lembrança;
E se a poesia nasce de fato do espanto;
Viva então o susto e o questionamento.
Com Luciana foste à praia de Ipanema;
E banhou-se nas águas do mar.
Dentro da noite veloz, ponto de luz infinitamente.
Isso mesmo seu Ribamar;
E segue cá a pergunta que plantaste em nosso coração;
Ou seria uma esfinge emblemática a dizer
Não cabe no poema o preço do arrôz e do pão.
É meu amigo, você que nasceu José,
Que na Jamaica brasileira iniciou um movimento.
Foste por duas vezes imortal, uma na academia e outra ainda o é
E somos pelo eterno momento.
E agora José, foste para o além do além;
Onde há de executar com alegria seu ofício.
Lá vai o trem com o menino, lá vai, lá vai, lá vai o trem.