Atenção aos Dispersos
Rio Pará, Muaná, 28 de outubro de 2021.
Era um simples ato
Mas o ato foi tragado pelas vozes
Reclamaram da gente
Mas a mente insistia em sair na tangente
Não te prestei
Se eu emprestasse o olhar já servia?
Que consciência
De saber que sabemos dos outros
Da vida
Reconheço que errei com você
Não há desculpas
Ter errado a tarefa
Do documento
Do firmamento
Que bom este vento
Que balança as folhas
São as falhas destas folhas
No chão
Não vamos esconder
A navalha entre o desejo e o involuntário
A decisão está aí
Optar pelo bem de outrem
Não te ajudamos
Como dói não pescar o dever
Que consciência
Ver o peixe e soltar sem querer
O destino
Eu aceito: vacilei com você
Apologias
Não aguardo constante
Da compra certa
Do gato alerta
Da orquídea aberta
Que a abelha pousa
É a pausa para o pouso
Ação
Eu dedico tais letras então
Pro diapasão
Para os dispersos que entendem
O caos consentido
O leve ruído
Que veio no ouvido
Que música é esta?
É a pegada da atenção
Que voou