𝖮 𝖺𝗇𝖾𝗅 𝗊𝗎𝖾 𝗍𝗎 𝗆𝖾 𝖽𝖾𝗌𝗍𝖾
Acordei nesta segunda-feira
No mesmo dia em que nasci
Tomei um banho bem gostoso
Para com o meu pai, sair
Fui levar minha cadela
Minha pretona, minha cinderela
Ao pet para ela mergulhar
Na maresia deste mar
Deixamos ela lá
Adentramos o carro de meu pai
Nesta segunda de Sol radiante
Estela!
Bate forte como uma fonte
Me trouxe um diamante
No dia de Obaluaiê
Eu vesti roupa de Malandro
Short jeans e blusa amarela
Com a Pomba-Gira dançando
Meu pai me deu uns encantos
Quando estávamos na Praça
Ele comprou um anel pra mim
Jóia rara!
Adentramos a loja de bijuterias
E lá estava!
A jóia folheada à prata
Meu pai tirou o cartão do bolso
Fez-me um intenso bom gosto
Um presente para meu dedo
Que estava nu como morcego
Quinze reais no C6 Bank
E eu fiquei muito contente
O anel que tu me deste
Foi um belíssimo presente
Quem cala consente
Mas, eu não tive culpa
Foi dada a largada
Sem nenhuma lamúria
Oatotô, meu Pai Obaluaiê!
Saúde para dar e vender
Sincretizado com São Lázaro
Na igreja de papai
Católico, vê a missa de casa
Acende vela em Aparecida
Quando viaja para Minas
No caminho ele vai
Rezar para mamãe Oxum
Já fez promessa por lá
Coração de diamante para amar
Surpreendente!
Surpresa eu não fiquei, não
Pois, o anel que tu me deste
Foi um pedido que eu fiz
De todo o coração!
O que eu tinha machucava
E podia me dar cicatriz
Este é de aço!
Não empretece, não
Do anel que tu me deste
Eu tenho muita gratidão.
Karol Pisaro - Segunda-Feira - 13/09/2021 às 14h48min.