QUANDO AS PORTAS SE ABREM AS PESSOAS SE FECHAM (A triste sina das ruas)

Pela rua sem fim,

Não encontro a morada

Que na verdade nunca tive,

Meus pés no chão sentem

Minha vida passar,

Talvez até por mim mesmo.

Sem nada, vivo solto

Tão solto que esqueço que sou livre.

Livre para falar de mim mesmo.

Livre para compartilhar o que nunca tive.

Quando falo com um alguém se quer

Sinto-me vivo de novo,

Sinto-me humano.

Cria de um tal destino.

Exposto ao relento

Nem se quer um acalento

A vida vazia

Enche-se de desenganos.

Quando as portas se abrem

As pessoas se fecham

Dentro de seu casulo

Não compartilham a sina.

Andando sem del

A vida amarga como o fel

Destino que se passa entre os dedos

Das mãos fechadas em segredos.

Nada tem,

Tem nada a perder

Perde-se nada

Quando nada se tem.

Perde-se o sorriso

Perde-se o entusiasmo

Perde-se o desejo

Perde-se a mente

Perde-se a vida.

Que nunca teve realmente.

ESTA POESIA; é dedicada a DARWIN, um mendigo muito sábio, educado, pessoa excepcional que conheci pelas ruas de Ouro Preto, um homem que com o pouco que tem me ensinou muito naquele momento. e ainda saca demais de Rock and roll.

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 12/11/2007
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