NUMA CERTA NOITE
Numa certa noite, eu voltava de uma praça,
Quando vi de um pouco longe algo diferente.
Não reconheci bem, não notei, talvez pareça...
E bem que parece mesmo, olhando de frente.
E de lá para cá, minha curiosidade desperta,
Um sorriso em sua boca, sinceridade no olhar.
Não quero ser caçador, muitos menos admirar.
Já que caça e admiração atrapalha a descoberta.
Quero ter paz no coração e sentir que ela também,
Uma vez que eu estou num rumo da vida, sorrindo,
E pretendo sempre continuar bem investindo,
No que é prático e belo, na vida de alguém.
E se estou aqui, contando a sorte, não sei.
Mas bem que espero por uma oportunidade,
De demonstrar com força, garra e verdade,
Que fui certo, dedicado, no que esperei.
E espero ver em teus olhos algo bom, esperança,
Que numa alma esperta, um pouco da infância,
Resgata coisas boas, belas, em pura constância.
E em torno dos teus olhos e boca, ter uma aliança.
Jamais se esqueça que beleza acaba, ternura,
Palavra que bem sempre no coração perdura,
Mas tua vontade de ser quem você é, assim,
Um pouquinho do que vejo dentro de mim.
Será por um bom tempo, ou para sempre, quem sabe,
E por mais que um dia se vá, se jogue, se acabe,
Nunca deixe tudo para trás, no teu sorriso,
Um dialeto em várias palavras, inciso.
E os teus cabelos cacheados banhados de cuidado,
Tenham sempre a face de quem tem te formado:
Deus, o belo escritor e pintor do Universo,
Que te criou e a mim, que te relato em verso!
Agora me despeço. Um beijo e um abraço.