A padroeira
Que a Senhora d’Agonia nos valha
Clamam, em coro, mestre e pescadores
Pois a tempestade o barco esbugalha
E, d’alma aflita, pedem salvadores.
Rezando com fervor à padroeira
De joelhos, lá no bico da proa
Sem lágrimas, tal como carpideira
Só lembram dos filhos e da patroa.
Eis que a Santa ouviu seus clamores
Olhou por eles, salvou-lhes a vida
Chegam a terra c’ o corpo em tremores
Abraçam os seus, abraçam a vida.
Os pescadores oram à padroeira
Santa que os guia, alvo do seu amar…
A sua mãe, Senhora d´ Agonia
Numa sentida procissão ao mar.
Barcos enfeitados de belas cores
Num deles vai, da Sr.ª, o andor
E os fiéis seguem os pescadores
Rezando à santa com todo o fervor.
No mês de agosto, Viana é assim
E embora a visitem durante o ano
Nestas festas aumenta o frenesim
Casam o religioso e o profano.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”
Que a Senhora d’Agonia nos valha
Clamam, em coro, mestre e pescadores
Pois a tempestade o barco esbugalha
E, d’alma aflita, pedem salvadores.
Rezando com fervor à padroeira
De joelhos, lá no bico da proa
Sem lágrimas, tal como carpideira
Só lembram dos filhos e da patroa.
Eis que a Santa ouviu seus clamores
Olhou por eles, salvou-lhes a vida
Chegam a terra c’ o corpo em tremores
Abraçam os seus, abraçam a vida.
Os pescadores oram à padroeira
Santa que os guia, alvo do seu amar…
A sua mãe, Senhora d´ Agonia
Numa sentida procissão ao mar.
Barcos enfeitados de belas cores
Num deles vai, da Sr.ª, o andor
E os fiéis seguem os pescadores
Rezando à santa com todo o fervor.
No mês de agosto, Viana é assim
E embora a visitem durante o ano
Nestas festas aumenta o frenesim
Casam o religioso e o profano.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”