LUMINOSA PRESENÇA

Era uma vez, uma cativante dama;

Que adorava usar um vestido vermelho.

E a casa cheia de gente.

As vezes até pecava no excesso à prática da caridade;

Era uma “menina” extremamente firme em sua fé.

Conversava intermitentemente com o Pai eterno divino;

A virgem Maria e o Jesus menino

Como quem dialoga com o compadre; o amigo.

Cunhada a custa de muita labuta

E a colheita do cafezal;

Amante exacerbada das plantas e de um baile no arraial.

Aqui! Não podemos esquecer que esta senhora;

Tinha lá sua vaidade;

Ficava por demorada hora

Pondo inúmeros brincos e colares fronte ao espelho.

A ouvi dizer certa vez uma frase: -Ah, meu filho, viver é bom demais!

Tinha ao lábio as vezes uma canção antiga;

Encerrou-se já o seu estágio terreno

Mais a sensação que temos é que estás sempre aqui perto;

Com a simplicidade da sua eterna mensagem

Alegria e esforço transformam a dureza da existência num suave jazz.

(Dedicado à minha avó materna, Sra. Maria Francisca)

David Cassiano

01 de novembro de 2019

finjoquesoupoeta
Enviado por finjoquesoupoeta em 13/07/2021
Código do texto: T7298746
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