LUMINOSA PRESENÇA
Era uma vez, uma cativante dama;
Que adorava usar um vestido vermelho.
E a casa cheia de gente.
As vezes até pecava no excesso à prática da caridade;
Era uma “menina” extremamente firme em sua fé.
Conversava intermitentemente com o Pai eterno divino;
A virgem Maria e o Jesus menino
Como quem dialoga com o compadre; o amigo.
Cunhada a custa de muita labuta
E a colheita do cafezal;
Amante exacerbada das plantas e de um baile no arraial.
Aqui! Não podemos esquecer que esta senhora;
Tinha lá sua vaidade;
Ficava por demorada hora
Pondo inúmeros brincos e colares fronte ao espelho.
A ouvi dizer certa vez uma frase: -Ah, meu filho, viver é bom demais!
Tinha ao lábio as vezes uma canção antiga;
Encerrou-se já o seu estágio terreno
Mais a sensação que temos é que estás sempre aqui perto;
Com a simplicidade da sua eterna mensagem
Alegria e esforço transformam a dureza da existência num suave jazz.
(Dedicado à minha avó materna, Sra. Maria Francisca)
David Cassiano
01 de novembro de 2019