... As primeiras horas.

...As primeiras horas clareiam o dia,

Já a noite ali, o sono não fez morada,

E naquele silêncio minh'alma sofria,

A pensar em ti noite e dia...

Sem ter esperança de nada.

E brotam as lágrimas sempre a noite...

Como o orvalho num respingo sutil,

E em mim a saudade fere como um açoite,

Pois é sempre, sempre a noite...

Que vem meu choro infantil.

Às vezes penso que o tempo pára,

Pois a noite é silêncio e solidão,

Se agora eu te visse ficaria sem fala,

Pois anti a ti essa voz se cala,

Já que ali quem fala, é o coração!