Mulher

Mulheres de Atenas

Mulheres de Esparta

Guerreiras, empoderadas

Quantos são os seus filhos

E qual a sua pátria?

Senhoras, empresárias, autonomas, cientistas

Médicas, professoras, advogadas

São tantos os seus ofícios

E tantos os talentos que carrega

Que só posso imaginar que sexo frágil é balela

Na Luta contra o feminicídio e a violencia doméstica

Contra o assédio moral e o bulling virtual

Como posso te chamar de frágil?

Se a chama que arde em ti te faz enfrentar as desigualdades

E os preconceitos sociais

Mas, nada te paralisou mulher

Tivestes o dom da gestação

E muitas optaram por não ter

E que diferença há nisso?

Se a igualdade é relativa

Que te importa se escolheu ser mãe?

E Senhora do lar?

Se outras escolheram o mercado enfrentar?

De todas as coisas,

O maior dom Deus já te deu

O de amar

porque sentindo dores de parto

É capaz de dar a luz a um rebento

E ainda que dos seus passos se desvie

Continua a amá-lo?

Que amor é este?

E que audácia você tem?

Quando em meio a uma sociedade predominantemente machista

Diz; Eu escolho ser o que quero ser

Já não cabe em um livro,

o que foi escrito na história

Afinal de contas se não fosse por voce

O mundo seria patriarcal

Mas você veio para mostrar o que é isonomia, afinal

Diante de tantas lutas

Veio Maria

Maria da Penha

Com medidas de proteção

visando punir os crimes

Que durante muito tempo permaneceram impunes

Mas, se isso ainda acontece

agora, pelo menos você tem voz

Já não te calam mais

você tem o verbo

E também a palavra

Instrumentos durante tanto tempo negados a voce

E na arte da guerra

Enquanto os homens procuram suas milícias

voce, mulher, tem a fonte da sabedoria

Que com a palavra é capaz de vencer a guerra

Sem qualquer munição

Sem armas na mão

E quando vem a violência

Pode até parecer desassistida

Mas tem uma multidão com você

Que vão ás ruas gritar por justiça

E o mais importante

E que voce sempre deixa um legado

Assim, morriam os mártires na guerra

voce nunca deixa de escrever sua própria história

Quando predestinado estava seu fim

E era ser invisível

Na luta pela vida digna

Te tornaras visível

E essa luz que brilha em você

É inesgotável fonte de saber

Que bom te conhecer

Que bom saber

Que quem antes te oprimia,

Agora senta a mesa e assiste a tv

Porque a reportagem que vai passar é sobre voce!

Dayane cunha
Enviado por Dayane cunha em 07/06/2021
Reeditado em 07/06/2021
Código do texto: T7273057
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