ELEGIA AO BOM SARAIVA

Bom Saraiva.

Raimundo Nonato Saraiva Rodrigues

Raimundo.

Nonato.

Raimundo Nonato, como meu pai.

Raimundo Nonato, de Chico Anísio e Aldemar Vigário.

Ou apenas “Mundico”.

Cearense “caba da peste”.

Nascido em Crateús, margem do Rio Poti.

Raimundo, como tantos e tantos

nordestinos que povoam e constroem nosso Brasil.

Fugindo das agruras do Nordeste foi prá “Sum Paulo”

Depois, finalmente, encontrou sua Redenção no Pará.

Errante mas não errado, entrou para a família dos ERREs:

Redenção, Raimundo, Raimundinha, Renato, Remi e Robson.

De Graça foi genro da jardineira Carmélia

que também mãe de Alzenira.

O filho de Maria de lá, casou-se com a Maria de cá.

E baldeando em encontros e anTONYmos

Atingiu BÁRBARA e ferozmente trajetórias inatingíveis

Tomara, meu Deus, TAMARA!

Professor, escritor, jornalista, radialista, filósofo, boêmio.

Servidor público com orgulho de bem servir ao próximo.

Marido, pai, avô, amigo, confidente, guru.

Andarilho das horas esquecidas.

Eremita da Serra dos Piaus.

Partiu a 3 de junho.

O cancro que o corroía há muito, deu seu último golpe de gadanha.

Hoje, deveríamos comemorar 4.9 do seu companheiro incansável

de discussões e parceria de trabalho.

Eram quase Batmam e Robson.

Mas a tristeza e o profundo pesar de sua passagem não nos estimula.

“Combateu o bom combate

terminou a corrida

guardou a fé”.

Vai com Deus, meu amigo-irmão!

REMI
Enviado por REMI em 04/06/2021
Reeditado em 03/05/2022
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