Texto no slide acima compõe o poema Motivo. Primeiro poema do livro Viagem, de autoria de Cecilia Meireles, publicado em 1.939, época do Modernismo.
BELEZA OCULTA
Dedicado à Cecilia Meireles e a todos os poetas e poetisas do Recanto.
O poeta é um viajante
um andarilho errante
que caminha entre as cenas.
Coração pulsante
recolhe as imagens
as centenas de frases
que ouve num dia
e antes que a colheita
se torne tardia
registra seu sentimento.
O poeta é repórter de seu tempo
resgata o que de verdadeiro existe
o que ainda resiste
sob a poeira do esquecimento
e insiste em se fazer presente
através de sua lira
que para ele
é como o ar que respira
é como o vento que apenas sente
a tocar-lhe o rosto
O poeta é um eterno tradutor
traduzida em poesia
revela a beleza oculta da vida.
Deixando a porta entreaberta
compartilha
a amorosa experiência
da descoberta da essência
de cada gesto,
de cada fala,
de cada movimento
da natureza ao redor.
O poeta é um corajoso navegador
que não teme o pior
ele sabe que buscando a outra face
acabará encontrando a realidade
de si mesmo.
E aí, não importa se ri
ou se chora
importa sim,
que perceba nessa hora
que sua busca não foi a esmo.
Que se houver dor
diante do universo
terá sido pequena
e sua colheita
viva em cada verso
terá valido a pena.
BELEZA OCULTA
Dedicado à Cecilia Meireles e a todos os poetas e poetisas do Recanto.
O poeta é um viajante
um andarilho errante
que caminha entre as cenas.
Coração pulsante
recolhe as imagens
as centenas de frases
que ouve num dia
e antes que a colheita
se torne tardia
registra seu sentimento.
O poeta é repórter de seu tempo
resgata o que de verdadeiro existe
o que ainda resiste
sob a poeira do esquecimento
e insiste em se fazer presente
através de sua lira
que para ele
é como o ar que respira
é como o vento que apenas sente
a tocar-lhe o rosto
O poeta é um eterno tradutor
traduzida em poesia
revela a beleza oculta da vida.
Deixando a porta entreaberta
compartilha
a amorosa experiência
da descoberta da essência
de cada gesto,
de cada fala,
de cada movimento
da natureza ao redor.
O poeta é um corajoso navegador
que não teme o pior
ele sabe que buscando a outra face
acabará encontrando a realidade
de si mesmo.
E aí, não importa se ri
ou se chora
importa sim,
que perceba nessa hora
que sua busca não foi a esmo.
Que se houver dor
diante do universo
terá sido pequena
e sua colheita
viva em cada verso
terá valido a pena.