Poetisa
ISABELLE MARA
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Pela manhã ouvi, lendo teu choro...
E pra tentar enxugá-lo, te ofereço esse poema...
Pingos de chuva, dourados
Caindo, molham meus pés;
Resvalando sobre os telhados
De uma casinha de sapé!
O jardim na madrugada
Todo aguado pelo sereno;
No vaso uma flor juntada
Que quase morrera ao relento!
Se achega, uma borboleta ousada
Num ramo de galho extremante;
Um beija-flor faceiro na sacada
Que sassaricava suas asas, distante;
Esperando a deixa, o momento
Para enfim, mansinho se aproximar;
À sugar da seiva mais doce
Que só pensa, devorar, pra te levar!
De minha janela olhando a cena
Em lágrimas, agradecendo a DEUS;
Inigualável visão amena
Que ali naquela hora, me concedeu!
Era aquilo que eu procurava
Pra justificar mais um, dos meus dias
O verso sutil que me faltava
Que agora dedico a poetisa
('Isabelle Mara')
Pela amizade que ganhei...
De presente, da POESIA!