Julgamentos alheios
Eles olham como se eu fosse lunática, me olham dos pés a cabeça, julgam meus pés as vezes com as unhas por fazer, julgam minhas roupas simples
Me olham dos pés a cabeça, mas não me enxergam...
E como poderiam? O que tenho de mais precioso está onde os olhos não alcançam
Dentro da minha cabeça, batalhas travadas, dentro da minha cabeça todo um mundo particular e único
Continuam me olhando e me julgando, eles adoram julgar, adoram olhar, mas não sabem enxergar.
Infelizmente ou felizmente meu tesouro particular esta dentro da minha mente
Eu só empresto o que quero, e as vezes me olham como um lago, vêem meu raso
Porém, meu profundo esconde coisas que só observando muito pra vir a luz.
Estão olhando agora? Onde meus pés chegaram, onde minha cabeça me levou?
Talvez ainda estejam ocupados, me julgando dos pés a cabeça
E eu também permaneço ocupada conquistando o que é meu de direito
Vocês não levaram fé, e eu muitas vezes remei sozinha nesse lago, enquanto vocês olhavam a superfície
Cansada de remar, me joguei de uma vez, a mãe água me acolheu e eu nadei
Agora vocês me observam de longe, estou longe, quase em terra firme, porém distante de vocês...
Agora podem falar, agora podem julgar...
Mas ai eu pergunto? Vocês conseguem me alcançar???